terça-feira, 16 de março de 2010

ESCOLA LATINO-AMERICANA EM CUBA TEM UMA MATRÍCULA DE 10 MIL ESTUDANTES*


A Escola Latino-Americana das Ciências Médicas (ELAM) de Cuba completou dez anos de criada e conta com uma matrícula de 10 mil estudantes de dezenas de países, que recebem a preparação acadêmica sem custo algum para os seus familiares.

Atualmente, estudam jovens de 55 países — pois entraram alguns de países africanos e até de pequenas ilhas do Pacífico — e 75% deles são filhos de operários e camponees; além de estarem presentes bolsistas de 104 comunidades originárias da América Latina.

A única coisa que se exige aos jovens (com idades que flutuam entre 17 e 25 anos) é que, após formados, retornem a suas localidades ou bairros humildes para trabalharem nelas e retribuírem o aprendido.

Com os primeiros 34 jovens estadunidenses formados criou-se uma situação tal que obrigou a ELAM a obter um credenciamento da Junta Médica da Califórnia, para que seus títulos tivessem valor. Atualmente, estudam nesse centro 113 jovens desse país.

Em países como Honduras, México, Brasil e Argentina os próprios jovens têm que batalhar para que seus títulos sejam reconhecidos. Porém, aos poucos, as universidades, as associações médicas e os governos têm vindo a ceder. Em troca, em Espanha, o reconhecimento do diploma é automático.

As aulas começaram em fevereiro de 1999 com 1.900 jovens, nomeadamente da América Central. Na época, a passagem de dois furacões abalou duramente as populações pobres dos países dessa região.

O então presidente Fidel Castro assegurou que tinha chegado a hora de começar a formação de profissionais "humanistas" comprometidos com suas comunidades, um verdadeiro "exército de batas blancas".

Atualmente, os estudantes e os já formados trabalham com o objetivo de fundar uma associação internacional que os reúna.


*Trecho extraído de http://www.granma.cu/portugues/2010/marzo/mar16/Escola-Latino-Americana-Medicina-Cuba.html

segunda-feira, 8 de março de 2010

NOTA DE APOIO AO 08 DE MARÇO

O Movimento Carlos Marighella (MCM) registra através dessa nota, seu total apoio e identificação com a luta das mulheres.

Que a peleja seja dia-a-dia, não apenas no 08 de março. E também, que o 08 de março seja uma uma data de denúncia do sexismo, quando não escancarado, latente na sociedade burguesa.

Por último, que não seja desvinculada essa data especial, da luta pela construção do Socialismo, pois foram as mulheres comunistas que cunharam na história a lembrança do 08 de março como dia de luta e memória de nossas mártires.

Abaixo ao sexismo!!!

Viva o Socialismo!!!


Movimento Carlos Marighella
08 de março de 2010

COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER COMPLETA 100 ANOS

Escolha do 8 de março está ligada à mobilizações de mulheres na Revolução de Fevereiro de 1917, na Rússia

Por muito tempo acreditou-se que a escolha do 8 de março para ser o Dia Internacional das Mulheres foi devido à um incêndio em uma fábrica têxtil nos Estados Unidos que vitimou cerca de 150 trabalhadoras que organizavam uma greve contra às más condições de trabalho. Até mesmo militantes do movimento feminista aceitavam essa explicação. Desde a década de 1970, entretanto, novas pesquisas nessa área têm apontado que a escolha da data está ligada à história da Revolução Russa. “De fato houve esse incêndio nos EUA, um acontecimento trágico para o movimento sindical e feminista na época, mas o incêndio sequer teria ocorrido nessa data”, explica Tatau Godinho, militante da Marcha Mundial de Mulheres.

Ela explica que hoje se tem comprovado pelos documentos que a orientação para se realizar as comemorações e manifestações internacionais se deu em 1910, numa resolução da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Rússia, e que não havia uma indicação de data fixa para a comemoração. A reivindicação central seria o direito ao voto para as mulheres. Até a década de 1920 do século passado, as feministas realizaram as lutas em diferentes datas em seus países. Somente em 1922, após a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas é que foi sugerida a data do 8 de março.

Para Tatau Godinho, resgatar a verdadeira origem do 8 de março é importante por inúmeros motivos. Primeiro, mostra como a luta das mulheres pode e deve caminhar junto com a luta por transformações sociais mais profundas. Segundo, resgata a data como um momento de luta e organização das mulheres socialistas, devolvendo à comemoração seu conteúdo político. Também por esses motivos não é difícil imaginar porque a memória histórica hegemônica aceitou e propagandeou a versão do incêndio da fábrica têxtil nos EUA, e escondeu sua origem socialista. “Há um esforço de institucionalização e comercialização da data que coincide com um certo refluxo do movimento de mulheres socialistas, o que começa a se reverter na década de 1970, quando se começa a surgir o interesse na verdadeira origem da escolha da data”, finaliza Tatau.


*Trecho extraído de http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/comemoracao-do-dia-internacional-da-mulher-completa-100-anos

O SUICÍDIO DE UM "DISSIDENTE" CUBANO*

Mais uma vez fazendo gala de sua proverbial falta de escrúpulos, o jornal El País, de Madrid, informou em sua edição digital de 27 de fevereiro que "a dissidência cubana segue mobilizada pela morte do prisioneiro de consciência Orlanda Zapata Tamayo". Difundida por também por meios brasileiros, a afirmação é tão rotunda quanto falsa, embutida da intenção apenas de jogar água no moinho da permanente campanha de ataques e agressões contra a Revolução Cubana e alimentar preconceitos de uma grande parte dos leitores deste diário, que nem sempre tem tempo, possibilidade ou interesse em conferir a veracidade das informações proporcionadas pelos grandes meios de comunicação.

Felizmente, uma oportuna matéria publicada pelo prestigioso intelectual cubano Enrique Ubieta Gómez permite jogar luz sobre este penoso episódio e desmontar a mentira urdida pelo periódico madrileno e todos os seus semelhantes mundo afora (http://www.cubadebate.cu/opinion/2010/02/26/orlando-zapata-tamayo-la-muerte-util-de-la-contrarrevolucion/).

Como é possível que um "prisioneiro de consciência" cuja identificação com o projeto político que o levou a imolar-se em não trair suas idéias teria passado despercebido pelos atentos olhos da hoje extinta Comissão (de Direitos Humanos da ONU)?

A resposta é bem simples: Zapata Tamayo, nos diz Ubieta Gómez, era um preso comum, cujos problemas com a justiça começaram em 1988, ou seja, quinze anos antes da confecção da famosa lista. Em sua larga carreira delitiva foi processado por "violação de domicílio" (1993), "lesões menos graves" (2000), "furto" (2000), "lesões e porte de arma branca" (2000: ferimentos e fratura de crânio contra uma vítima, utilizando um machado), "perturbação da ordem" e "desordens públicas" (2002), entre outras causas que, como se pode observar, nada têm a ver com o protesto político e são apenas delitos comuns.

Espertamente recrutado por setores da "dissidência política" cubana, sempre desejosa de contar com um mártir em suas esquálidas fileiras, impulsionaram-no irresponsavelmente e com total desprezo pela sua pessoa ao levar adiante uma greve de fome até o final, em troca de sabe-se lá quais promessas ou contrapartidas de todo tipo que, seguramente, o passar do tempo não tardará em esclarecer.

Não existem na Ilha prisões secretas, nem legalização da tortura, tampouco transporte de presos para serem torturados em terceiros países, nem desaparecidos, vôos ilegais, prisões arbitrárias sem prazos e julgamentos e tantas outras práticas que rotineiramente são levadas a cabo nas masmorras estadunidenses, sistematicamente silenciadas e ocultadas pela "imprensa séria", cuja suposta missão é informar. Para a imprensa do império, como o El País, são todos detalhes sem importância.

Negócios são negócios e se é preciso mentir, mente-se uma e cem vezes, com a certeza de que está garantida a impunidade, conferida pela falta de defesa, a crença ou a apatia de seus leitores, anestesiados pela propaganda e cuidadosamente desinformados e embrutecidos pelos grandes veículos de comunicação. Em uma luminosa passagem de "Dezoito de Brumário de Luis Bonaparte", Marx dizia que, diante de sua orfandade, a contra-revolução bonapartista extraía seus quadros e heróis do lumpemproletariado de Paris. O mesmo ocorre em nossos dias com os auto-proclamados sentinelas da liberdade e da democracia em Cuba e seus comparsas na "imprensa séria" internacional. Para isso, se for necessário dizer que Barrabás era Jesus Cristo, dizem. E se é preciso dizer que Zapata Tamayo era um "prisioneiro de consciência" também se diz, pronto e acabou.


O texto foi escrito por Atilio A. Boron. O trecho foi extraído de http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4384/9/

APOIO AOS EDUCADORES E EDUCADORAS DO ESTADO DE SÃO PAULO QUE ESTÃO EM GREVE

Após assembléia, os professores do Estado de São Paulo aprovaram a iniciativa de greve a partir de 08 de março e por tempo indeterminado.

Essa é uma medida inevitável para resistir ao sucateamento da educação que o governo Serra vem promovendo sistematicamente.

O Movimento Carlos Marighella (MCM) se solidariza com a luta dos professores por ver nela uma causa não somente justa, mas também necessária.

Acreditamos que apenas com a organização e luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação e de todos que são compromissados com um novo mundo, é que se consolidará uma nova lógica de educação e de relação social na sua totalidade.

Reiteramos nosso apoio consequente com os educadores e educadoras do Estado de São Paulo em luta.

Movimento Carlos Marighella (MCM)
08 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

A INSUSTENTABILIDADE DO CAPITALISMO

O capitalismo é insustentável. Esse regime econômico propicia uma classe dominante que, por sua hegemonia, é responsável pela destruição de dois elementos fundamentais para a preservação da vida: a classe trabalhadora e a natureza. A classe trabalhadora é afetada pela sua inserção subalterna na sociedade, e assim, submetida a uma exploração funesta por parte da burguesia, detentora dos meios de produção. Já a natureza é afetada pela sucção de suas forças para saciar, de maneira determinada, uma necessidade artificial ou mesmo elementar. Por a natureza estar enclausurada sob uma matriz elaborada para canalizar suas potencialidades na acumulação restrita da riqueza, se torna imperativo o saque constante e irracional de suas forças.

Apenas em fevereiro de 2010, segundo o Folha Online de 04 de março último, foram produzidos 253,2 mil veículos no país. Em janeiro desse mesmo ano teriam sido produzidas 246,4 mil unidades. Na mesma página virtual é apresentada a previsão para este ano, por parte da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), de alta nas vendas de 8,2% sobre 2009, isto é, 3,40 milhões de unidades, incluindo ônibus e caminhões. Com relação à produção, o aumento deve ser de 6,5% em 2010, o equivalente a 3,39 milhões.

A troca permanente de automóveis é estimulada para manter a rotação de mercadorias e a manutenção do ciclo capitalista. Com essa produção desenfreada, não será novidade alguma mais uma crise econômica de superprodução. Na mercadoria produzida na ordem capitalista, um dos caracteres que a constituem é o valor de troca, e não apenas a utilidade do produto para a sociedade. É por isso que, mormente após o crack de 1929, as mercadorias possuem vida curta, acarretando, naturalmente, na insustentabilidade da reprodução da forma capitalista de produção e troca.

De onde são arrancados, além do absorvimento da força de trabalho humana, os componentes para a produção de mercadorias, como os automóveis? E também, para onde são arremessadas as parcelas do oceano de lixo que descartamos dia-a-dia? A resposta para ambas as perguntas é: da natureza e na natureza.

Somente numa nova forma de relacionamento das pessoas entre si e com a natureza é que será viável a reprodução da ordem. Que essa nova maneira exale necessariamente um novo homem e uma nova mulher, e que ela seja compromissada verdadeiramente com a disposição de todos os meios necessários para a preservação e desenvolvimento sustentável das potencialidades da vida em sua plenitude, e não atenta apenas às leis cegas do mercado capitalista. Podemos resumir o que nos é apresentado como sendo a nova relação telúrica que reivindicamos e o antiquado sistema, na famosa máxima da camarada Rosa Luxemburgo, quando esta escreveu Socialismo ou Barbárie! A barbárie é onde estamos, o Socialismo é o novo.

Movimento Carlos Marighella
Março de 2010

PELA DIGNIDADE DO MAGISTÉRIO E PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO*

Professores aprovam greve por tempo indeterminado

Reunidos em assembleia na Praça da República na sexta-feira, 5, mais de 10 mil professores aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 8.

As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; garantia de emprego; contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito); revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas); concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis. Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores.

O Magistério paulista, com esta decisão, deu um BASTA aos desmandos do governo
Serra.

Este governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Onde estão as escolas com dois professores? Onde estão os laboratórios de
informática abertos nos finais de semana com monitores? Temos de dar uma resposta à altura, chamando os pais dos alunos para conhecer nossas escolas, para que possam comparar com a “escola de mentirinha” que Serra mostra na televisão.

Calendário de mobilização

Dia 8 de março: conversa com a comunidade escolar
Dias 9 e 10: visita às escolas
Dia 11: assembleias regionais
Dia 12: assembléia estadual no vão livre doMasp, na avenida Paulista, às 15 horas


*Trecho extraído de http://apeoespsub.org.br/fax_urgente_2009/frame09.html