quarta-feira, 5 de maio de 2010

A COMPANHIA VALE, DEMISSÕES E A NECESSIDADE DE SUA REESTATIZAÇÃO*


A Companhia Vale (ex-Vale do Rio Doce) é a maior empresa privada da América Latina. O preço total dela no mercado, e que é negociado entre os ricaços, é de 150 bilhões de dólares. Isso mostra como ela é valiosa.

Em 2007 a Vale teve seu lucro líquido (isto é, tirando todos os custos e despesas de todas as suas vendas, o lucro líquido é o dinheirão que sobrou) equivalente a 20,006 bilhões de reais. Esse dinheiro que a Vale lucrou no ano de 2007 foi quase metade a mais do que ela havia lucrado em 2006, e o ano de 2007 foi também o quinto ano seguido em que houve crescimento dessa empresa.

O Banco Bradesco, que é a maior instituição financeira do Brasil, é do setor das empresas privadas que podem comer pedaços desse bolo chamado Vale, e também o que mais recebe dinheiro dos lucros dessa companhia comparando com as outras empresas privadas que abocanham o referido bolo.

Esse mesmo banco no primeiro trimestre de 2009, com a crise do capitalismo, teve uma queda nos lucros de 9,6%. Mesmo com seu lucro caindo, o Bradesco lucrou 1,723 bilhão de reais, só nos três primeiros meses de 2009. Os ricos donos do Bradesco ganham rios de dinheiro pelo próprio Bradesco e pela Vale também.

Mesmo com tanto dinheiro, no começo de dezembro de 2008, a Vale para manter esses altos lucros chegou ao cúmulo de demitir 1.300 trabalhadores no mundo (ela se encontra em 30 países), além de outros 5.500 funcionários entrarem de férias coletivas escalonadas e 1.200 trabalhadores estarem em treinamento para serem realocados dentro da companhia. O descaso e a precariedade das condições de trabalho, pelas demissões e instabilidade daqueles que ainda eram admitidos como funcionário, da Companhia Vale, salta aos nossos olhos.

Onde estava todo aquele lucro conquistado anteriormente às demissões? Será que o trabalhador não é gente, é apenas um número?

A Vale tem que ser reestatizada e estar sob o controle dos trabalhadores e das trabalhadoras, pois estes sim é que são imprescindíveis para a companhia, e mais do que isso, para todo o Brasil e para todos os países onde ela está inserida, pois os trabalhadores sofrem no mundo todo a exploração dos ricos.

Ela foi vendida em 1997 a preço de banana, e mais do que nunca ela tem que voltar para a mão dos trabalhadores e das trabalhadoras, gerando riqueza para todos ao investir em saúde, educação e outras necessidades de todo o povo trabalhador, e não apenas pra poucos ricaços que não se importam conosco.

• REESTATIZAÇÃO DA VALE E CONTROLE DELA PELOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS JÁ!!!



Movimento Carlos Marighella - MCM

quarta-feira, 7 de abril de 2010

BRASIL CHEGA A ACORDO COM ESTADOS UNIDOS NA ÁREA DE DEFESA*

O Brasil chegou a um acordo de cooperação com os Estados Unidos na área defesa, que inclui a realização conjunta de treinamentos militares e atividades comerciais do setor bélico, informou nesta quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo um comunicado do Itamaraty, o acordo possui uma cláusula de garantias que "assegura o respeito" aos princípios de integridade, inviolabilidade territorial e não-intervenção contidos no pacto de defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), assinado em novembro passado.

A nota diz que todos os membros da Unasul foram alertados sobre a negociação com os EUA, que segue as linhas de acordos similares que o governo brasileiro assinou com outros 28 países.

O documento, que será assinado em breve, também contemplará visitas mútuas das lideranças das Forças Armadas de EUA e Brasil, contatos em nível técnico, intercâmbios de estudantes e instrutores e visitas a navios.

Fora isso, a cooperação entre Brasil e EUA se estenderá à organização de programas de tecnologia de defesa e à realização de eventos esportivos e culturais.

O governo afirma que o acordo foi estabelecido em torno de bases equilibradas, genéricas e mutuamente benéficas. Por isso, vai permitir "fortalecer o diálogo" entre os dois países e abrir novas perspectivas de cooperação no campo da defesa.


*Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u717779.shtml

terça-feira, 16 de março de 2010

ESCOLA LATINO-AMERICANA EM CUBA TEM UMA MATRÍCULA DE 10 MIL ESTUDANTES*


A Escola Latino-Americana das Ciências Médicas (ELAM) de Cuba completou dez anos de criada e conta com uma matrícula de 10 mil estudantes de dezenas de países, que recebem a preparação acadêmica sem custo algum para os seus familiares.

Atualmente, estudam jovens de 55 países — pois entraram alguns de países africanos e até de pequenas ilhas do Pacífico — e 75% deles são filhos de operários e camponees; além de estarem presentes bolsistas de 104 comunidades originárias da América Latina.

A única coisa que se exige aos jovens (com idades que flutuam entre 17 e 25 anos) é que, após formados, retornem a suas localidades ou bairros humildes para trabalharem nelas e retribuírem o aprendido.

Com os primeiros 34 jovens estadunidenses formados criou-se uma situação tal que obrigou a ELAM a obter um credenciamento da Junta Médica da Califórnia, para que seus títulos tivessem valor. Atualmente, estudam nesse centro 113 jovens desse país.

Em países como Honduras, México, Brasil e Argentina os próprios jovens têm que batalhar para que seus títulos sejam reconhecidos. Porém, aos poucos, as universidades, as associações médicas e os governos têm vindo a ceder. Em troca, em Espanha, o reconhecimento do diploma é automático.

As aulas começaram em fevereiro de 1999 com 1.900 jovens, nomeadamente da América Central. Na época, a passagem de dois furacões abalou duramente as populações pobres dos países dessa região.

O então presidente Fidel Castro assegurou que tinha chegado a hora de começar a formação de profissionais "humanistas" comprometidos com suas comunidades, um verdadeiro "exército de batas blancas".

Atualmente, os estudantes e os já formados trabalham com o objetivo de fundar uma associação internacional que os reúna.


*Trecho extraído de http://www.granma.cu/portugues/2010/marzo/mar16/Escola-Latino-Americana-Medicina-Cuba.html

segunda-feira, 8 de março de 2010

NOTA DE APOIO AO 08 DE MARÇO

O Movimento Carlos Marighella (MCM) registra através dessa nota, seu total apoio e identificação com a luta das mulheres.

Que a peleja seja dia-a-dia, não apenas no 08 de março. E também, que o 08 de março seja uma uma data de denúncia do sexismo, quando não escancarado, latente na sociedade burguesa.

Por último, que não seja desvinculada essa data especial, da luta pela construção do Socialismo, pois foram as mulheres comunistas que cunharam na história a lembrança do 08 de março como dia de luta e memória de nossas mártires.

Abaixo ao sexismo!!!

Viva o Socialismo!!!


Movimento Carlos Marighella
08 de março de 2010

COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER COMPLETA 100 ANOS

Escolha do 8 de março está ligada à mobilizações de mulheres na Revolução de Fevereiro de 1917, na Rússia

Por muito tempo acreditou-se que a escolha do 8 de março para ser o Dia Internacional das Mulheres foi devido à um incêndio em uma fábrica têxtil nos Estados Unidos que vitimou cerca de 150 trabalhadoras que organizavam uma greve contra às más condições de trabalho. Até mesmo militantes do movimento feminista aceitavam essa explicação. Desde a década de 1970, entretanto, novas pesquisas nessa área têm apontado que a escolha da data está ligada à história da Revolução Russa. “De fato houve esse incêndio nos EUA, um acontecimento trágico para o movimento sindical e feminista na época, mas o incêndio sequer teria ocorrido nessa data”, explica Tatau Godinho, militante da Marcha Mundial de Mulheres.

Ela explica que hoje se tem comprovado pelos documentos que a orientação para se realizar as comemorações e manifestações internacionais se deu em 1910, numa resolução da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Rússia, e que não havia uma indicação de data fixa para a comemoração. A reivindicação central seria o direito ao voto para as mulheres. Até a década de 1920 do século passado, as feministas realizaram as lutas em diferentes datas em seus países. Somente em 1922, após a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas é que foi sugerida a data do 8 de março.

Para Tatau Godinho, resgatar a verdadeira origem do 8 de março é importante por inúmeros motivos. Primeiro, mostra como a luta das mulheres pode e deve caminhar junto com a luta por transformações sociais mais profundas. Segundo, resgata a data como um momento de luta e organização das mulheres socialistas, devolvendo à comemoração seu conteúdo político. Também por esses motivos não é difícil imaginar porque a memória histórica hegemônica aceitou e propagandeou a versão do incêndio da fábrica têxtil nos EUA, e escondeu sua origem socialista. “Há um esforço de institucionalização e comercialização da data que coincide com um certo refluxo do movimento de mulheres socialistas, o que começa a se reverter na década de 1970, quando se começa a surgir o interesse na verdadeira origem da escolha da data”, finaliza Tatau.


*Trecho extraído de http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/comemoracao-do-dia-internacional-da-mulher-completa-100-anos

O SUICÍDIO DE UM "DISSIDENTE" CUBANO*

Mais uma vez fazendo gala de sua proverbial falta de escrúpulos, o jornal El País, de Madrid, informou em sua edição digital de 27 de fevereiro que "a dissidência cubana segue mobilizada pela morte do prisioneiro de consciência Orlanda Zapata Tamayo". Difundida por também por meios brasileiros, a afirmação é tão rotunda quanto falsa, embutida da intenção apenas de jogar água no moinho da permanente campanha de ataques e agressões contra a Revolução Cubana e alimentar preconceitos de uma grande parte dos leitores deste diário, que nem sempre tem tempo, possibilidade ou interesse em conferir a veracidade das informações proporcionadas pelos grandes meios de comunicação.

Felizmente, uma oportuna matéria publicada pelo prestigioso intelectual cubano Enrique Ubieta Gómez permite jogar luz sobre este penoso episódio e desmontar a mentira urdida pelo periódico madrileno e todos os seus semelhantes mundo afora (http://www.cubadebate.cu/opinion/2010/02/26/orlando-zapata-tamayo-la-muerte-util-de-la-contrarrevolucion/).

Como é possível que um "prisioneiro de consciência" cuja identificação com o projeto político que o levou a imolar-se em não trair suas idéias teria passado despercebido pelos atentos olhos da hoje extinta Comissão (de Direitos Humanos da ONU)?

A resposta é bem simples: Zapata Tamayo, nos diz Ubieta Gómez, era um preso comum, cujos problemas com a justiça começaram em 1988, ou seja, quinze anos antes da confecção da famosa lista. Em sua larga carreira delitiva foi processado por "violação de domicílio" (1993), "lesões menos graves" (2000), "furto" (2000), "lesões e porte de arma branca" (2000: ferimentos e fratura de crânio contra uma vítima, utilizando um machado), "perturbação da ordem" e "desordens públicas" (2002), entre outras causas que, como se pode observar, nada têm a ver com o protesto político e são apenas delitos comuns.

Espertamente recrutado por setores da "dissidência política" cubana, sempre desejosa de contar com um mártir em suas esquálidas fileiras, impulsionaram-no irresponsavelmente e com total desprezo pela sua pessoa ao levar adiante uma greve de fome até o final, em troca de sabe-se lá quais promessas ou contrapartidas de todo tipo que, seguramente, o passar do tempo não tardará em esclarecer.

Não existem na Ilha prisões secretas, nem legalização da tortura, tampouco transporte de presos para serem torturados em terceiros países, nem desaparecidos, vôos ilegais, prisões arbitrárias sem prazos e julgamentos e tantas outras práticas que rotineiramente são levadas a cabo nas masmorras estadunidenses, sistematicamente silenciadas e ocultadas pela "imprensa séria", cuja suposta missão é informar. Para a imprensa do império, como o El País, são todos detalhes sem importância.

Negócios são negócios e se é preciso mentir, mente-se uma e cem vezes, com a certeza de que está garantida a impunidade, conferida pela falta de defesa, a crença ou a apatia de seus leitores, anestesiados pela propaganda e cuidadosamente desinformados e embrutecidos pelos grandes veículos de comunicação. Em uma luminosa passagem de "Dezoito de Brumário de Luis Bonaparte", Marx dizia que, diante de sua orfandade, a contra-revolução bonapartista extraía seus quadros e heróis do lumpemproletariado de Paris. O mesmo ocorre em nossos dias com os auto-proclamados sentinelas da liberdade e da democracia em Cuba e seus comparsas na "imprensa séria" internacional. Para isso, se for necessário dizer que Barrabás era Jesus Cristo, dizem. E se é preciso dizer que Zapata Tamayo era um "prisioneiro de consciência" também se diz, pronto e acabou.


O texto foi escrito por Atilio A. Boron. O trecho foi extraído de http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4384/9/

APOIO AOS EDUCADORES E EDUCADORAS DO ESTADO DE SÃO PAULO QUE ESTÃO EM GREVE

Após assembléia, os professores do Estado de São Paulo aprovaram a iniciativa de greve a partir de 08 de março e por tempo indeterminado.

Essa é uma medida inevitável para resistir ao sucateamento da educação que o governo Serra vem promovendo sistematicamente.

O Movimento Carlos Marighella (MCM) se solidariza com a luta dos professores por ver nela uma causa não somente justa, mas também necessária.

Acreditamos que apenas com a organização e luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação e de todos que são compromissados com um novo mundo, é que se consolidará uma nova lógica de educação e de relação social na sua totalidade.

Reiteramos nosso apoio consequente com os educadores e educadoras do Estado de São Paulo em luta.

Movimento Carlos Marighella (MCM)
08 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

A INSUSTENTABILIDADE DO CAPITALISMO

O capitalismo é insustentável. Esse regime econômico propicia uma classe dominante que, por sua hegemonia, é responsável pela destruição de dois elementos fundamentais para a preservação da vida: a classe trabalhadora e a natureza. A classe trabalhadora é afetada pela sua inserção subalterna na sociedade, e assim, submetida a uma exploração funesta por parte da burguesia, detentora dos meios de produção. Já a natureza é afetada pela sucção de suas forças para saciar, de maneira determinada, uma necessidade artificial ou mesmo elementar. Por a natureza estar enclausurada sob uma matriz elaborada para canalizar suas potencialidades na acumulação restrita da riqueza, se torna imperativo o saque constante e irracional de suas forças.

Apenas em fevereiro de 2010, segundo o Folha Online de 04 de março último, foram produzidos 253,2 mil veículos no país. Em janeiro desse mesmo ano teriam sido produzidas 246,4 mil unidades. Na mesma página virtual é apresentada a previsão para este ano, por parte da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), de alta nas vendas de 8,2% sobre 2009, isto é, 3,40 milhões de unidades, incluindo ônibus e caminhões. Com relação à produção, o aumento deve ser de 6,5% em 2010, o equivalente a 3,39 milhões.

A troca permanente de automóveis é estimulada para manter a rotação de mercadorias e a manutenção do ciclo capitalista. Com essa produção desenfreada, não será novidade alguma mais uma crise econômica de superprodução. Na mercadoria produzida na ordem capitalista, um dos caracteres que a constituem é o valor de troca, e não apenas a utilidade do produto para a sociedade. É por isso que, mormente após o crack de 1929, as mercadorias possuem vida curta, acarretando, naturalmente, na insustentabilidade da reprodução da forma capitalista de produção e troca.

De onde são arrancados, além do absorvimento da força de trabalho humana, os componentes para a produção de mercadorias, como os automóveis? E também, para onde são arremessadas as parcelas do oceano de lixo que descartamos dia-a-dia? A resposta para ambas as perguntas é: da natureza e na natureza.

Somente numa nova forma de relacionamento das pessoas entre si e com a natureza é que será viável a reprodução da ordem. Que essa nova maneira exale necessariamente um novo homem e uma nova mulher, e que ela seja compromissada verdadeiramente com a disposição de todos os meios necessários para a preservação e desenvolvimento sustentável das potencialidades da vida em sua plenitude, e não atenta apenas às leis cegas do mercado capitalista. Podemos resumir o que nos é apresentado como sendo a nova relação telúrica que reivindicamos e o antiquado sistema, na famosa máxima da camarada Rosa Luxemburgo, quando esta escreveu Socialismo ou Barbárie! A barbárie é onde estamos, o Socialismo é o novo.

Movimento Carlos Marighella
Março de 2010

PELA DIGNIDADE DO MAGISTÉRIO E PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO*

Professores aprovam greve por tempo indeterminado

Reunidos em assembleia na Praça da República na sexta-feira, 5, mais de 10 mil professores aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 8.

As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; garantia de emprego; contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito); revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas); concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis. Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores.

O Magistério paulista, com esta decisão, deu um BASTA aos desmandos do governo
Serra.

Este governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Onde estão as escolas com dois professores? Onde estão os laboratórios de
informática abertos nos finais de semana com monitores? Temos de dar uma resposta à altura, chamando os pais dos alunos para conhecer nossas escolas, para que possam comparar com a “escola de mentirinha” que Serra mostra na televisão.

Calendário de mobilização

Dia 8 de março: conversa com a comunidade escolar
Dias 9 e 10: visita às escolas
Dia 11: assembleias regionais
Dia 12: assembléia estadual no vão livre doMasp, na avenida Paulista, às 15 horas


*Trecho extraído de http://apeoespsub.org.br/fax_urgente_2009/frame09.html

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MALVINAS, COLONIALISMO E SOBERANIA*

A decisão do governo britânico de explorar petróleo e gás nas Ilhas Malvinas, reavivando tensões entre a Argentina e o Reino Unido, 28 anos depois da guerra travada entre os dois países por esse arquipélago do Atlântico Sul, reafirma o léxico colonialista que faz tábua rasa das resoluções da ONU. A conhecida virulência do antigo império, sempre amparado no apoio dos Estados Unidos, não afronta apenas o povo argentino. Para além das fortes evidências de uma rica província de hidrocarbonetos na região, o que está em xeque é a soberania da América Latina. Elaborar estratégia para a defesa de suas riquezas energéticas, como o pré-sal brasileiro, é imperativo e inadiável.

Não há solução de "meio-termo" quando a ofensiva imperialista não esconde mais seus objetivos. O golpe em Honduras, a ofensiva dos grandes proprietários na Argentina, a ação desestabilizadora da direita paraguaia, e as bases militares na Colômbia e no Panamá são fatos por demais suficientes para afastar a perigosa inércia analítica. Aquela que ignora, entre outras coisas, a crescente militarização das relações dos Estados Unidos com a América Latina.

As Ilhas Malvinas e suas adjacências são argentinas. Devem ser descolonizadas e reintegradas ao país. Têm que ser liberadas da ocupação estrangeira que se propõe a explorar suas riquezas e, provavelmente, instalar bases militares apontando para toda a América Latina e seu projeto de integração regional.

A luta deve prosseguir no plano político, diplomático, e em todos os terrenos apropriados, até a definitiva recuperação do arquipélago. É preciso afrontar todas as responsabilidades exigidas para o cumprimento de um programa de ação democrática e antiimperialista.


*Texto de Gilson Caroni Filho. Fragmentos extraídos de http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4550&alterarHomeAtual=1

COM 80% DE ADESÃO, GREVE GERAL CONTRA GOVERNO PARALISA GRÉCIA*

Os principais sindicatos da Grécia deram nesta quarta-feira uma demonstração de força com uma greve geral, apoiada por 80% de empregados dos setores público e privado, em protesto contra as medidas do governo para enfrentar a crise.

Envolvendo mais de um milhão de pessoas, a greve paralisou o país durante a maior parte do dia, marcado por grandes protestos e alguns incidentes violentos entre manifestantes e a polícia.

Com capuzes, cerca de 150 radicais quebraram os vidros de algumas lojas no centro de Atenas e a polícia respondeu lançando gás lacrimogêneo para dispersá-los.

Os sindicatos se mostraram satisfeitos com a elevada adesão à greve, como disseram à agência de notícias Efe alguns sindicalistas --que anunciaram mais protestos contra as medidas do governo para as próximas semanas.

Duas grandes manifestações encheram hoje o centro de Atenas, com especial força dos trabalhadores comunistas, que não dão trégua ao governo do premiê Giorgios Papandreou.

"Dizemos não à austeridade e ao desemprego", dizia um cartaz da Adedy (União de Empregados Civis, na sigla em grego). O índice de pessoas sem trabalho no país ronda 10% e, como admitiu o governo, pode chegar a 20%. Em outras faixas, era possível ler frases como "Não pagaremos pela crise dos ricos" e "O povo e suas necessidades são mais importantes que os mercados".

Giorgos Peros, porta-voz do sindicato comunista Pame, disse que o povo tem vontade de seguir lutando por seus direitos e não haverá coesão com o governo sobre as políticas antipopulares.

A polícia calcula que a participação nas manifestações de Atenas tenha rondado 20 mil pessoas, embora os sindicatos estimem pelo menos o dobro.


*Artigo do dia 24 de fevereiro de 2010. Fragmentos extraídos de http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u698431.shtml

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MINISTRO DO STF ACATA PEDIDO E ADIA JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS DE ARRUDA*

Atendendo a um pedido da defesa, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu nesta quarta-feira o julgamento do pedido de liberdade do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Não há previsão de quando o caso será levado ao plenário da Suprema Corte.

O adiamento foi solicitado na tarde de hoje pelo advogado Nélio Machado. O julgamento estava previsto para a sessão de amanhã.

Arruda foi preso por determinação do STJ. Ele é acusado de ter participado da tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, uma das testemunhas do esquema de arrecadação e pagamento de propina.


* Trechos extraídos de http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u698476.shtml

PRESIDENTE DO BRASIL, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, VISITA CUBA


O presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a Havana, na terça-feira, 23 de fevereiro, a convite do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, general-de-exército Raúl Castro Ruz, para uma visita de trabalho.

O chefe de Estado brasileiro foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, no aeroporto internacional "José Martí", onde também o esperavam membros da delegação do país sul-americano.

A visita do dignitário brasileiro se realiza conforme os estreitos vínculos de c olaboração econômico-comercial e a amizade e solidariedade que caracterizam as relações entre as duas nações.

Prova disso são os 626 jovens brasileiros formados em Cuba em diversos níveis de ensino desde o início do intercâmbio em matéria de formação profissional. Atualmente, estudam em Cuba 835 alunos desse país irmão.


*Extraído de http://www.granma.cu/portugues/2010/febrero/mier24/Lula-visita-Cuba.html